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Vantagens do cultivo protegido

Vantagens do cultivo protegido

O cultivo protegido é uma técnica muito utilizada por produtores de diversas regiões, pois é uma alternativa para contornar as intempéries climáticas e obter uma produção de alta qualidade. 

O seu objetivo é controlar parcial ou totalmente a área à volta dos cultivos, protegendo a colheita, especialmente, de temperaturas muito altas ou baixas, tempestades e granizos. Além disso, também serve como proteção contra animais e insetos que, poderiam danificar as plantas. 

Outra vantagem principal que o cultivo protegido oferece é em relação à procura e oferta, diferenças necessárias para destacar-se no mercado. Como é possível controlar algumas variáveis como temperatura, humidade do ar e radiação solar, é possível obter produtos com melhor qualidade e, consequentemente, comercializá-los por um preço maior. 

Além disso, esses controlos permitem que o produtor tenha uma eficiência produtiva maior, obtendo uma produtividade acima de 60%, o que ajuda para que ele não enfrente a sazonalidade. Assim, a oferta é mais equilibrada, possibilitando que os produtores ofereçam produtos mesmo entre as safras.

O cultivo protegido também acarreta uma diminuição dos gastos com controlo fitossanitário, afinal, plantas produzidas em estufas apresentam menor incidência de pragas e doenças. 

Hoje, existem diversos sistemas que podem ser implementados através do cultivo protegido. Para escolher o que melhor se adequa a si, conheça-os a seguir.

Sistemas que podem ser feitos através do cultivo protegido: Conheça as características de cada um deles

O cultivo protegido é utilizado, principalmente, em regiões que sofrem com adversidades climáticas. Com ele é possível ampliar a possibilidade de culturas em épocas menos favoráveis e obter, também, produtos com qualidade superior, pois cria-se microclimas ideais para o desenvolvimento das plantas.

As estufas são as estruturas mais utilizadas e são elas quem fazem a proteção dos cultivos. Por isso, são fundamentais para obter sucesso neste tipo de cultivo. Conheça, a seguir, alguns dos sistemas que podem ser feitos através do cultivo protegido.

Cultivo protegido feito diretamente no solo

Este método de cultivo é muito parecido com o “tradicional” a céu aberto, no entanto, aqui, mesmo as plantas estando diretamente no solo, estão protegidas de ventos, geadas e chuvas, recebendo água apenas por irrigação. 

Para melhorar a eficiência do manuseamento e desenvolver plantas mais saudáveis, bonitas e de qualidade, alguns produtores que produzem em solo optam pela fertirrigação. Esta técnica acrescenta os nutrientes à água que irriga as plantas, poupando custos e melhorando a eficiência.

estufa hidroponia

Cultivo protegido feito com substratos

Assim como o anterior, este método consiste em utilizar a fertirrigação para nutrir as plantas, no entanto, a diferença é que os cultivos não ficam diretamente no solo. Aqui, eles ficam em materiais inertes (que não fornecem nenhum nutriente à planta) de origem natural ou mineral.

Estes materiais, além de estarem livres de agentes patogênicos, protegem as raízes contra a luz, permitem uma boa retenção de água, boa disponibilidade de nutrientes, maior controlo nutricional e uma oxigenação adequada.

É uma ótima opção para produtores que possuem problemas relacionados ao solo como doenças, compactação ou salinização. Além disso, para culturas que possuem o sistema radicular e parte aérea mais desenvolvidos, a produção em substrato confere sustentação às plantas. 

Assim, oferecendo apoio no crescimento das raízes e fornecendo as quantidades adequadas de nutrientes e oxigénio, tem-se produtos mais saudáveis.

O cultivo protegido feito com substratos combinado com a fertirrigação é uma ótima alternativa, também, para produtores que possuem ambientes muito húmidos e produzem, principalmente, hortaliças de frutos como o morango, tomate, pepino e pimentões, ou seja, plantas de média e longa duração.

Isso porque, normalmente, os produtores apoiam os substratos diretamente no solo, sem nenhuma estrutura. Isso acaba por fazer com que a solução nutritiva (que é irrigada por gotejamento) caia diretamente no solo, colaborando ainda mais para criar um microclima desfavorável. A humidade presente tende a desequilibrar o ambiente interno da estufa, tornando o local menos eficiente para o desenvolvimento ideal das plantas. Além disso, a humidade também colabora com o surgimento do lodo, o que favorece ainda mais o surgimento de patógenos.

Por isso, o mais recomendado é que os produtores que optarem pela fertirrigação em substrato em ambiente protegido utilizem calhas para recolher o drenado. Isso evita que a solução nutritiva goteje no chão da estufa bem como colabora para que não haja desperdícios, pois a mesma pode até ser reutilizada.

Cultivo protegido feito em água

Este tipo de cultivo é conhecido, como já se sabe, por hidroponia. Essa é uma técnica de cultivo feita dentro de um ambiente protegido sem o uso de solo e substratos onde uma solução nutritiva percola oferecendo todos os nutrientes necessários para seu desenvolvimento. 

Dentro da hidroponia existem outros tipos de cultivo como floating, aeroponia, NFT, entre outros. O mais utilizado em Portugal é o NFT (Nutrient Film Technique) ou Técnica do Fluxo Laminar. Essa técnica consiste em cultivar as plantas com seus sistema radicular dentro de um canal, onde as suas raízes ficam em contato constante com a solução nutritiva. 

estufa hidroponia

No entanto, embora o fluxo desta solução deva ser contínuo, ele deve ser fino a fim de  permitir que uma parte da raiz fique em contato com a água, enquanto outra parte fica livre em contato com o oxigénio.

Nós na GroHo eliminamos os antigos métodos de estruturas e substituímos por perfis de polipropileno. Estes materiais são totalmente inertes, isentos de metais pesados e em dupla camada, o que confere mais proteção às raízes.

Já no floating (ou piscina), as raízes ficam inteiramente mergulhadas numa solução nutritiva enquanto que a aeroponia elas ficam suspensas num reservatório recebendo intermitentemente uma pulverização com solução nutritiva.

Os resultados obtidos com todos estes tipos de cultivo protegido são muito bons, resta saber qual o mais vantajoso para o produtor. 

Por exemplo, embora o cultivo em solo não necessite de outras estruturas como calhas ou perfis, além do processo de desenvolvimento das plantas ser mais lento, acarretando uma oferta de produtos mínima, ainda é necessário fazer uma análise química para saber se o solo possui limitação, se é saudável ou não, entre outros fatores.

Já o cultivo protegido em substrato e na água oferecem diversas vantagens: produtos saudáveis o ano todo, maior tempo de prateleira, manuseamento mais prático e produtivo, nutrição precisamente balanceada, alta rentabilidade, devido à produção em quantidade e qualidade na época em que a oferta de produtos é mínima ou impossível, entre outros. 

Sem contar que praticamente tudo pode ser cultivado por hidroponia: hortaliças folhosas (alface e rúcula) e frutíferas (tomate, pimentão), ervas aromáticas (manjericão e hortelã) e medicinais (alecrim e boldo), mudas de arbóreas (eucalipto), flores, etc. 

Se estiver a pensar em tornar-se um produtor hidropónico ou com substratos, fale connosco. Terá em mãos todos os requisitos necessários para iniciar a sua produção.

Bons cultivos ;)

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