Importância do planeamento em Hidroponia
O planeamento prévio de um projeto é fundamental em qualquer área. Ao pensar em construir uma casa, por exemplo, deve-se ter a parte elétrica, hidráulica, da fundação, culminando no acabamento. Num projeto hidropónico o raciocínio não é diferente.
Quando falamos em planeamento estratégico para a montagem de um projeto hidropónico não devemos pensar somente nos investimentos para a implementação deste projeto. Por exemplo, ao pensarmos em estufas, perfis hidropónicos com bancadas, painel elétrico e os outros componentes, hidráulica, telas com acionamento automático ou manual, tipos de plástico, terraplenagem, construção de poço, ampliação da carga elétrica, gerador, pavimentação, alvenarias (casa de bomba, casa de consumíveis, casa de nutrientes, escritório), computadores, impressoras e, principalmente, veículo de transporte e embalamento, estamos então a fazer um planeamento para a futura gestão de investimentos. Este ponto merece destaque dada a necessidade de programação de investimento e de recursos humanos voltados para o mesmo.
Por outro lado, é importante destacar a necessidade de se ter condições e recursos suficientes para a garantia de “se cobrir” custos diretos e indiretos para a produção em pelo menos três meses após a execução do investimento.
Assim, destacamos alguns custos (os fixos e variáveis; diretos e indiretos) importantes a serem programados, tais como: aquisição de consumíveis (substratos, fertilizantes, sementes, entre outros); custos com água, energia elétrica, mão de obra e encargos, embalagem, taxas anuais ao estado, contador, despesas administrativas (escritório), pagamento de consultoria, despesas com transporte (combustível e portagens) e manutenção de veículos, alimentação dos funcionários, equipamentos de proteção individual (EPI), além dos custos de divulgação da sua marca, com o uso, por exemplo, de promotores e comerciais nos pontos de venda.
Torna-se relevante ressaltar que a manutenção das estufas (troca de plástico com imprevisibilidade temporal), manutenção da rede elétrica, hidráulica, manutenção do sistema hidropónico, manutenção de equipamentos (bombas, temporizadores), acidentes com materiais ou problemas com funcionários e acidentes de trabalho são custos indiretos que carecem de um planeamento.
Aos que investiram num projeto hidropónico através de financiamento têm-se ainda os juros e parcelas a serem cumpridas no decorrer da vida produtiva.
Percebam que ao detalharmos alguns custos e, ao associarmos aos demais valores investidos, somando-se a estes os custos com depreciação, definida como custo para a substituição dos bens, após a vida útil deste ou para substituição por defasagem tecnológica, podemos pensar em preço e lucro.
Mediante o exposto, chegamos a um limiar de discussão muito importante no planeamento estratégico, que é a "formação" do preço do seu produto.
Por definição, a composição de valor de um produto pode ser subdividida em parte objetiva (custos inerentes à produção ou custo de produção) e parte subjetiva, grau de satisfação do consumo da marca atrelada ao produto, por exemplo e, que a diferença entre o custo e a venda é o seu lucro.
Resumidamente, o objetivo deste artigo foi destacar a real necessidade do levantamento de todas as variáveis necessárias para a produção de um produto hidropónico e, que o sucesso do empreendimento está atrelado ao quanto o empreendedor for assertivo neste planeamento.
Esperamos assim que tenhamos contribuído com estas informações para o seu sucesso na realização de seu projeto em hidroponia.
Bons cultivos ;)
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